Gestão de finanças: conheça os principais desafios

Gestão de finanças: conheça os principais desafios e descubra estratégias eficazes para superá-los e impulsionar o crescimento do seu negócio.
Time financeiro comemorando a eficiência da gestão de finanças

A gestão de finanças tem como foco principal o controle de elementos estratégicos que serão relevantes para o processo decisório das organizações empresariais. Essa não é uma definição essencialmente exclusiva para empresas de grande porte, o que nos leva a concluir, de início, que os desafios da gestão de finanças, nas empresas de grande porte, é semelhante ao que observamos nas empresas de médio porte.

Se buscamos uma resposta mais rasa, então podemos concluir o assunto por aqui. Porém, como profundos conhecedores dos enormes desafios envolvidos na controladoria de organizações com maior grau de complexidade, isso seria até mesmo leviano da nossa parte.

A gestão de controladoria corporativa é, sem dúvida alguma, uma das áreas mais desafiadoras na gestão de negócios de alta complexidade e grande porte. No artigo de hoje, iremos esmiuçar seus principais aspectos de forma objetiva, elencando seus principais desafios e apontando caminhos para que a sua gestão financeira decole e efetivamente ocupe seu lugar de destaque.

Para saber mais sobre o assunto, prossiga com a leitura.

A gestão de finanças vai muito além do fluxo de caixa

Classicamente, a área financeira é aquela que lidera ações atinentes a investimentos, aplicação de capital para inovação e fluxo financeiro. É uma atividade que consiste na criação e coordenação de processos que tornam possível ter uma visão holística dos fatos econômicos e financeiros que impactam na composição dos recursos de uma empresa. 

Muito além do cálculo de custos e receitas, essa tarefa vai possibilitar um crescimento sustentável do negócio, viabilizando operações de outras áreas, investindo e se precavendo para períodos de crise e aumentando as chances de sucesso em um mercado altamente competitivo.

Para as corporações de grande porte, entretanto, essa é uma visão que pode se tornar limitada. Naturalmente, como em qualquer porte ou segmento, à medida que a empresa expande seus negócios, igualmente sua administração torna-se cada vez mais diversa e complexa. Com isso, aumenta também a necessidade de se contar com ferramentas que garantam que o alcance das responsabilidades de um Chief Financial Officer cubra efetivamente todas as necessidades da empresa.

Mas então, qual é o grande ponto de diferenciação que existe entre a gestão de finanças do middle market, e a das grandes corporações? É tudo uma questão de controle.

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A controladoria corporativa

A controladoria corporativa, em linhas gerais, é um setor ou unidade administrativa da empresa que é responsável, na grande maioria dos casos, por sua gestão econômica e fiscal. Esse setor reúne informações importantes para garantir que o gestor tenha uma visão holística da realidade da organização.

Ou seja: se uma gestão financeira de sucesso é capaz de determinar os rumos do negócio, mostrando novas oportunidades de investimento e a real situação financeira da empresa, a controladoria corporativa tem uma função ainda mais abrangente. Normalmente, o setor é responsável pela contabilidade, gestão financeira e, também, pela gestão de projetos estratégicos, acompanhamento da área produtiva, orçamentos e custos.

Tome uma indústria automotiva, por exemplo. Neste segmento de mercado, cada modelo produzido corresponde a um projeto, e cada unidade fabricada — e comercializada, obviamente — corresponde a um movimento patrimonial de amortização do projeto contabilizado.

Nesse sentido, a gestão de controladoria atua no controle desse projeto, nos cálculos de amortização e também na análise dos indicadores de desempenho desse projeto — enquanto cuida de contas a pagar e a receber de inúmeras unidades produtivas e comerciais, da contabilidade de outros projetos e, também, da gestão tributária da empresa como um todo.

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Complexidade financeira

Por conta da variedade de operações e de relacionamentos institucionais, empresas de grande porte sempre possuem contas e investimentos em diversos bancos e instituições financeiras. Muitas vezes, isso acontece por força de necessidades operacionais, por composição societária ou mesmo em virtude da estrutura societária do negócio. Atuar na gestão de toda essa movimentação financeira é o core business da controladoria corporativa.

Além disso, a multitude de obrigações financeiras, de centros de custo e de origem de recursos, torna o controle financeiro altamente complexo. Nesse sentido, ferramentas de conciliação bancária e de integração entre sistemas se tornam muito úteis, como forma de vencer a complexidade e de tornar o trabalho da controladoria mais intuitivo e estratégico. 

Complexidade tributária

Um aspecto importante da diferenciação entre a gestão de finanças atuante em empresas de médio porte, da controladoria corporativa, é a complexidade tributária que se apresenta nesse nível. Dono de mais de 80 tipos tributários diferentes, distribuídos por municípios, estados e administração federal, o Brasil conta ainda com um conjunto robusto de obrigações acessórias mensais, semestrais e anuais. Mas a complexidade tributária não termina no número de tributos ou de obrigações.

Via de regra, essas empresas são tributadas pelo Lucro Real, o que as expõem ainda ao Regime Não-Cumulativo para PIS e COFINS — ou, em muitos casos, ao regime híbrido, caracterizado pela presença de receitas que são tributadas sob o Regime Cumulativo por força do artigo 10 da Lei 10.833. São regimes de tributação que apresentam complexidade de regras e de registros, além do convívio intenso com a autoridade fiscal.

Além disso, empresas de grande porte enfrentam ainda um grande volume de dados referentes às apurações de ICMS, IPI, IOF e demais tributos. Esse volume de dados acarreta em um elevado número de horas de trabalho, somente para manter o compliance tributário em dia. Normalmente, a responsabilidade de administrar todo esse corolário de obrigações também recai sobre a controladoria corporativa.

Ainda mais funções da controladoria corporativa

Naturalmente, associamos a ideia de controladoria corporativa com a controladoria financeira. Entretanto, a área contábil e financeira não é a única a fazer parte desse processo. Na realidade, existem diversas subdivisões dentro da controladoria corporativa, que são tão ou até mais importantes do que as que citamos até agora.

De fato, a gestão de finanças representa o modelo mais conhecido de controladoria empresarial. Conforme citamos anteriormente, isto ocorre por diversos fatores. Em suma, a gestão de finanças tem por objetivo analisar as operações da forma correta, avaliando se a empresa está no caminho do crescimento sustentável. Ela permite que o gestor direcione as suas estratégias, modifique o fluxo dos custos e aumente a receita — o que não permite relativizar as outras áreas envolvidas. São essas:

Planejamento orçamentário

Esse tipo de controle empresarial está voltado para o acompanhamento dos investimentos realizados pela empresa e seus acionistas. É através do planejamento orçamentário que o gestor tem condições de evitar gastos exorbitantes e prejudicar o funcionamento saudável do caixa empresarial.

Igualmente, também é através do planejamento orçamentário que se torna possível prever e controlar projetos e processos sem ter a necessidade de aprovação a cada novo custo. Isso quer dizer que o planejamento orçamentário se torna mais seguro e menos oneroso.

Controle de processos

Essa é considerada uma das mais importantes áreas da controladoria corporativa. Isso porque a controladoria de processos oferece ferramentas importantes para utilização e melhoria do desempenho da empresa na questão operacional.

Por meio dessa subdivisão da controladoria corporativa, é possível que procedimentos sejam otimizados, amenizando desperdícios ou improdutividade. Ainda, é possível realizar uma gestão de estoque mais eficiente e reduzir prazos consideravelmente. Uma controladoria dos processos de qualidade permite uma melhor administração das operações da empresa e, com isso, o aumento da sua rentabilidade.

Assista ao vídeo abaixo e confira como é fácil padronizar os processos na controladoria.

Contabilidade gerencial

A redução dos riscos de falência da organização é um dos principais objetivos da contabilidade gerencial. Esse setor aponta quais são as estratégias e os planejamentos efetivos que devem ser executados pelo controller. Para isso, este deve se basear no plano contábil da empresa, no cumprimento do pagamento de impostos e na aquisição de ativos fixos e variáveis.

Aqui, o foco é no planejamento e organização do sistema gerencial da empresa, de modo que eventuais fatores de ordem contábil estejam corretamente alinhados com as tomadas de decisão da organização.

Análise de balanço

Esse é o tipo de controladoria corporativa que dá apoio a contabilidade gerencial. A análise de balanços permite que o gestor executivo acompanhe os indicadores de performance selecionados de forma assertiva, proporcionando uma visão holística da evolução real do patrimônio da empresa, desde seu histórico, até as movimentações contábeis.

Para tanto, os gestores responsáveis pela análise do balanço vão lançar mão de cálculos aplicados ao patrimônio da empresa, proporcionando assim um maior respaldo para tomada de decisões, buscando encontrar alternativas melhores.

Gestão de finanças aliada à gestão do capital humano

A controladoria corporativa, muitas vezes, tem como responsabilidade a gestão de pessoas. Essa também é uma parte importante na estratégia da empresa, e que ganha importância à medida que sua força de trabalho cresce.

Nesse sentido, a controladoria deve oferecer aos gestores informações sobre a relação dos colaboradores com o ambiente organizacional. Isso ajuda a fomentar políticas de recrutamento, treinamento, plano de carreira e de cargos. Com o apoio dessa controladoria será possível ter os melhores profissionais, os quais conseguem dar continuidade ao seu trabalho com motivação.

O controller

Até agora, falamos dos diferentes aspectos da controladoria corporativa. Mas é virtualmente impossível falar sobre controladoria sem que o papel do controller seja observado da perspectiva correta.

Em boa parte dos casos, o controller é o profissional responsável pela controladoria corporativa. Ele tem a responsabilidade de coordenar os processos de gestão da controladoria, realizando estudos tanto do ambiente interno, quanto externo da empresa. Geralmente a controladoria reúne informações em relatórios elaborados em seu setor e posteriormente apresentados à gerência da empresa. Alternativamente, esse papel pode ser exercido pelo CFO da empresa, ou por um corpo de controllers que são distribuídos pelos diferentes departamentos da controladoria corporativa.

Dessa maneira, são consideradas atribuições do controller: o estudo das mudanças econômicas no mercado na qual a empresa está inserida e a consolidação de dados para relatórios de desempenho. Também fica a cargo do controller elaborar soluções para pontos de defasagem e propor ações corretivas, além de analisar o desempenho das ações estratégicas em execução.

De forma geral, o controller tem uma atuação bastante vasta dentro da empresa, e, por esse motivo, deve ter um perfil bastante específico em relação a outros profissionais da organização. Devido à grande complexidade das suas responsabilidades na controladoria empresarial, o controller é um profissional que possui competências e características amplas. Ele deve ter um vasto conhecimento a respeito do negócio e também domínio sobre a área na qual ele realiza a gestão de controladoria.

Para tanto, o perfil do controller é composto por diversas características, tais como, excelente capacidade analítica e facilidade de realizar planejamentos em curto, médio e longo prazo. Além do mais, o controller deve ter facilidade em realizar um raciocínio sistêmico, ter uma percepção multidisciplinar e apresentar uma postura de sigilo em relação às informações da empresa.

Detendo essas características, o controller terá condições de compreender a cultura organizacional e observar os desafios a serem enfrentados em diversos momentos da empresa. É importante destacar que essas características não necessariamente são genuínas do controller. Ele pode desenvolvê-las antes ou durante a sua carreira. E, para isso, ele deve buscar uma formação específica, que exige estudos mais aprofundados.

Tecnologia e a gestão de controladoria corporativa

Como vimos, o escopo de atuação da controladoria corporativa é amplo. Sua aplicação no dia-a-dia de uma empresa de grande porte é, portanto, absolutamente estratégico. É, então, um dos setores onde a necessidade de investimentos em tecnologia se faz mais presente.

As soluções Dattos são voltadas para—- através da automação — tornarem os times financeiros de grandes empresas mais estratégicos e com dados confiáveis e assertivos.

Assista ao vídeo abaixo e entenda como a automação é essencial para a controladoria.

Felipe Laneri

Felipe Laneri

Especialista Dattos em tecnologia e automação de preparação e análise de dados financeiros.

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