Como implementar o Open Finance e quais cuidados ter em 2025

7 de agosto de 2025
9 minutos de lectura
Open finance: descubra o funcionamento, as etapas e os benefícios que ele oferece para a sua empresa. Leia o artigo completo!
Temas

Você sabia que, segundo a Deloitte, mais de 70% das instituições financeiras brasileiras apontam o Open Finance como o principal motor de inovação e crescimento para os próximos 3 anos? 

Ou seja, não é só hype, é uma transformação real e que vai impactar diretamente a forma como empresas e profissionais financeiros, contábeis e fiscais vão trabalhar em 2025.

De acordo com o Banco Central, atualmente existem 54  milhões de consentimentos ativos no Open Finance, envolvendo cerca de 35  milhões de clientes. Essa base representa mais de 33% dos clientes bancários no Brasil, uma adoção rápida que requer atenção redobrada a questões como segurança, consentimento e uso estratégico das informações.

Se você atua nas áreas financeira, contábil ou fiscal, ignorar essa transformação pode sair caro: de multas até a perda de competitividade no mercado.

¿Qué aprenderás en este artículo?

  • Open Finance é a evolução do Open Banking e já impacta mais de 35 milhões de clientes no Brasil. Ele transforma o sistema financeiro, permite o compartilhamento padronizado de dados com consentimento e afeta diretamente as rotinas contábil, fiscal e financeira;
  • A adoção do Open Finance exige preparo. Integração de APIs, gestão de consentimentos, segurança da informação e conformidade com o Banco Central são pontos críticos e mostramos como superá-los com organização e tecnologia;
  • Os riscos vão além da tecnologia: falhas em rastreabilidade, vazamentos de dados e não conformidade com LGPD podem gerar multas e prejuízos. O artigo traz práticas para mitigar riscos e garantir governança eficiente;
  • Também oferecemos um passo a passo prático para implementar o Open Finance: mapeamento de dados, escolha de plataforma homologada, auditoria automatizada e capacitação contínua do time para extrair valor real das informações.

Afinal, o que é Open Finance?

Open Finance é uma iniciativa do Banco Central que permite o compartilhamento seguro e padronizado dos dados financeiros do cliente entre instituições, sempre com o consentimento do usuário.

É o upgrade do Open Banking, expandindo para:

  • Dados bancários (extrato, saldo e transações);
  • Informações de crédito e operações financeiras;
  • Investimentos, seguros e previdência privada.

Tudo controlado digitalmente pelo próprio cliente, sem surpresas.

Por que o Open Finance importa no cenário atual?

O Open Finance está mudando a forma como pessoas e empresas interagem com o sistema financeiro. Não se trata só de tecnologia, mas de repensar o mercado como um todo.

Com dados integrados, sua empresa pode:

  • Criar produtos e serviços personalizados;
  • Oferecer taxas mais competitivas;
  • Tomar decisões mais certeiras e estratégicas.

Isso traz precisão nas auditorias, cruzamento inteligente de informações e eficiência que faz diferença no bolso.

Quais os principais desafios do Open Finance e como resolver?

Implementar o Open Finance não é apertar um botão. Embora os benefícios sejam evidentes, o caminho até lá envolve lidar com uma série de desafios técnicos, regulatórios e operacionais. Trouxemos os desafios mais comuns e como você pode solucioná-los:

DesafíoSolução recomendada
Segurança dos dadosImplementar criptografia ponta a ponta e autenticação por múltiplos fatores
Consentimento claro do clienteCriar fluxos de consentimento claros, com transparência e possibilidade de revogação
Integração com bancosUtilizar APIs padronizadas e plataformas com integração prévia com o Open Finance
Mudanças regulatóriasTer um parceiro de tecnologia atualizado com as normas do Banco Central

Como adotar o Open Finance? 7 passos que você não pode pular!

Não basta “estar dentro” do Open Finance, é preciso fazer direito.

Muita empresa acha que aderir ao sistema já é suficiente, mas a verdade é que, sem um plano sólido, a operação vira um caos: dados mal integrados, APIs mal monitoradas, consentimentos desorganizados. Resultado? Risco, retrabalho e zero vantagem competitiva.

Adotar o Open Finance exige método. É sobre construir uma base segura, funcional e escalável que traga inteligência para os processos financeiros e não mais uma dor de cabeça pro time.

Então, como fazer?

1. Mapeie os dados que serão utilizados

Entender quais dados sua empresa precisa acessar ou compartilhar: bancários, crédito, investimentos, seguros ou previdência. Esse diagnóstico orienta o uso estratégico das informações.

2. Escolha uma plataforma compatível com o Banco Central

Busque uma tecnologia homologada, atualizada com as diretrizes do Bacen e que facilite a integração com as instituições participantes. 

3. Implemente APIs seguras e padronizadas

As APIs são o motor do Open Finance, é por meio delas que os dados circulam entre instituições financeiras e plataformas autorizadas. Na prática, uma API (Interface de Programação de Aplicações) funciona como uma ponte entre sistemas diferentes, permitindo que eles se comuniquem de forma automatizada, segura e padronizada.

No contexto do Open Finance, as APIs possibilitam, por exemplo, que um app de finanças acesse as informações bancárias de um usuário (com consentimento), sem que os sistemas precisem ser integrados de forma direta e complexa. 

Sem APIs seguras e bem estruturadas, o Open Finance simplesmente não acontece.

4. Estabeleça rotinas de consentimento

Todo dado só pode ser acessado com o consentimento do cliente. Estruture fluxos que solicitem, renovem e revoguem esse consentimento de forma clara, com registros completos para auditoria.

5. Monitore e audite os acessos

Tenha rastreabilidade sobre quem acessou quais dados, quando e por qual motivo. Isso garante conformidade com a LGPD, reduz riscos e fortalece a governança interna.

6. Garanta a conformidade regulatória

O Open Finance anda lado a lado com outras normas, como a LGPD e diretrizes do COSIF. Mantenha processos alinhados às obrigações legais para evitar penalidades e garantir confiança no uso dos dados.

7. Treine seu time e revise processos periodicamente

Capacitação contínua evita erros e mantém a operação alinhada com o mercado.

Quais cuidados e riscos do Open Finance precisam de atenção?

Apesar dos benefícios, o Open Finance exige cuidado:

  • Conformidade com LGPD: segurança e transparência no tratamento de dados;
  • Risco de vazamento: APIs vulneráveis ou consentimentos mal gerenciados causam multas e prejuízos;
  • Sobrecarga de dados: acesso sem análise pode gerar confusão e desperdício.

Então, vale a pena apostar no Open Finance? Com a estrutura certa, a resposta é sim:

Situação sem controleCom estrutura adequada
Acesso a dados desorganizadoAcesso via dashboards seguros
Consentimentos perdidos/expiradosFluxo automatizado de renovação
APIs sem monitoramentoAPIs integradas com alertas e relatórios

Open Finance e outras normas: qual a relação?

O Open Finance não funciona sozinho, ele está totalmente integrado a um conjunto de normas que garantem segurança, transparência e conformidade.

  • LGPD: regula o uso e proteção dos dados pessoais, exigindo consentimento explícito e controle rigoroso para evitar vazamentos e penalidades;
  • COSIF: assegura que os dados compartilhados estejam organizados e padronizados conforme as regras contábeis do sistema financeiro, facilitando a gestão e fiscalização;
  • IFRS: melhora a qualidade e rastreabilidade das informações financeiras, o que ajuda empresas a entregar relatórios mais confiáveis e alinhados com padrões internacionais;
  • Auditorias: com dados integrados e auditáveis em tempo real, o Open Finance torna a prestação de contas mais eficiente, reduzindo riscos e fortalecendo o compliance.

FAQ: o que mais você precisa aprender sobre o Open Finance?

Ainda com dúvidas? A gente sabe que o Open Finance traz muitas camadas: novas regras, tecnologias, responsabilidades. Por isso, reunimos as perguntas mais comuns para te ajudar a navegar neste cenário com mais clareza e segurança.

O que é consentimento no Open Finance?

É a autorização que o cliente dá para que seus dados sejam compartilhados entre instituições por um período determinado. Sem esse consentimento, nenhuma informação pode ser acessada.

Quais dados podem ser compartilhados?

Depende da fase do Open Finance. Atualmente, inclui dados bancários, crédito, investimentos, seguros e previdência privada.

O Open Finance é obrigatório?

Não para os clientes. A adesão é voluntária e depende do consentimento. Já para as instituições, seguir os padrões do Banco Central é obrigatório.

Como garantir a segurança no Open Finance?

Com uso de APIs seguras, criptografia de ponta, autenticação robusta e controle rigoroso de consentimentos e acessos.

Como transformar dados em eficiência?

Com a estrutura certa, o Open Finance deixa de ser um desafio para se tornar uma vantagem competitiva. Fale com o time da Dattos e entenda como automatizar o uso dos dados de forma inteligente e segura. 

Cansou de baixar extratos bancários manualmente? A Dattos tem uma solução para isso!

Implementar Open Finance com segurança e performance exige mais do que tecnologia. Exige estrutura, visão estratégica e parceiros certos. É aqui que a Dattos entra! 

A nossa plataforma integrada oferece:

  • APIs seguras para automação financeira e contábil;
  • Visualização em tempo real dos dados Open Finance;
  • Conformidade com LGPD e homologação do Banco Central;
  • Fluxos automáticos de auditoria e reconciliação.

E para ir além, lançamos o Open Finance Hub, uma solução pensada para centralizar, organizar e potencializar o uso desses dados. Tudo para sua empresa operar com mais eficiência, segurança e controle.

Quer entender como isso se aplica ao seu negócio? Fale com nossos especialistas.

Bruno Costa é um profissional experiente em Finanças, com mais de uma década de atuação, graduado em Ciências Contábeis e pós-graduado em Normas Internacionais de Contabilidade. Destacou-se por liderar equipes de alto desempenho, focando na otimização de processos financeiros e alinhando objetivos organizacionais com metas individuais. Sua dedicação à educação financeira se estende à comunidade, tornando-o um líder admirado no setor.

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