Inteligência artificial no mercado financeiro: 5 mitos que você precisa derrubar

22 de janeiro de 2024
10 minutos de leitura
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O uso da inteligência artificial no mercado financeiro deixou de ser algo vislumbrado apenas em filmes futuristas. Se há uma revolução em curso no mundo dos negócios, é a ascensão vertiginosa dessa tecnologia denominada IA.

No epicentro dessa transformação, o mercado financeiro emerge como um dos setores mais impactados. Ao mesmo tempo, mais permeado por mitos que obscurecem a compreensão pública.

Neste conteúdo, embarcaremos em uma jornada de desmistificação. Assim, desafiando preconceitos e expondo equívocos relacionados à integração da inteligência artificial no universo financeiro.

Da automatização de operações à tomada de decisões estratégicas, desvendaremos os mitos que envolvem a IA no mercado financeiro. Desse modo, revelaremos uma realidade que muitas vezes transcende as percepções comuns do CEO ou gestor de grandes companhias. 

Continue lendo para saber mais sobre esses mitos relacionados ao uso da inteligência artificial no mercado financeiro.

Inteligência artificial no mercado financeiro e a sua importância

Antes de mostrar os mitos relacionados ao uso da inteligência artificial no mercado financeiro, é fundamental entender como esse setor se beneficia dela. A atuação da IA nesse aspecto representa uma revolução paradigmática, alterando fundamentalmente a maneira como as instituições lidam com dados, análises e tomada de decisões

Em primeiro lugar, a automação de tarefas rotineiras e processos operacionais oferece eficiência inigualável. Desse modo, permitindo a rápida execução de transações, monitoramento de portfólios e gestão de riscos em tempo real. Essa capacidade de processamento ágil libera recursos humanos para focarem em tarefas mais estratégicas e criativas.

Muitas organizações ainda dependem de processos manuais e ineficientes para realização de suas operações financeiras. Muito tempo e planejamento são dedicados à gestão de alguns setores da empresa.

Assim, na maioria dos casos, essas horas poderiam ser dedicadas à realização de outras atividades, permitindo que a IA atuasse nesses fluxos manuais e repetitivos.

O uso da inteligência artificial no mercado financeiro é um reflexo da transformação digital, principalmente a que ocorre no setor financeiro.

O uso da inteligência artificial e a realidade das empresas

Apesar de a inteligência artificial no mercado financeiro proporcionar uma verdadeira revolução, a realidade no ambiente empresarial ainda é preocupante. Existem diferentes empecilhos que se interpõem à sua implementação, especialmente, aqueles baseados em dados e informações que não passam de mitos.

Uma pesquisa da National Association of Credit Management (NACM) mostrou um pouco dessa realidade. Eles perguntaram às equipes financeiras sobre tecnologias que elas utilizam no dia a dia. 

A surpresa foi grande quando o resultado mostrou que um número significativo de organizações ainda utiliza processos manuais. Os resultados obtidos foram os seguintes:

  • 32% dos entrevistados usam relatórios manuais e planilhas;
  • 70% dos entrevistados disseram que seus clientes recebem faturas por e-mail;
  • 43% usam um ERP sem automação para gerenciar a aplicação de caixa;
  • 47% usam e-mail para processar pedidos de crédito do cliente;
  • 41% dependem de métodos manuais para gerenciar cobranças, como entrar em contato individualmente com os clientes quando as dívidas estão vencidas;
  • 35% usam recursos básicos dentro de seu software de contabilidade para relatórios e análises.

Diante desses números, fica claro que os empresários precisam explorar mais os benefícios e aplicações práticas da inteligência artificial no mercado financeiro. Confira, a seguir, os 5 principais mitos envolvidos na dificuldade de adesão à IA por parte das equipes financeiras e derrube-os de uma vez por todas para evoluir a sua operação!

Os 5 principais mitos sobre o uso da inteligência artificial no mercado financeiro

Mito 1: IA é só para cientistas de dados

Um equívoco comum que envolve IA no mercado financeiro é a percepção restrita de que seu uso é exclusivo para cientistas de dados. Na realidade, a IA tem se tornado  cada vez mais acessível e adaptável. Assim, implementada com sucesso por profissionais em diversas áreas do setor financeiro.

A capacidade de integrar a IA vai além do domínio exclusivo dos cientistas de dados. Ela abre as portas para uma ampla gama de profissionais explorarem suas aplicações inovadoras no cenário financeiro.

Essa falsa ideia limitadora muitas vezes impede que empresas explorem plenamente o potencial transformador da inteligência artificial. Especialmente, em suas operações financeiras que utilizam o tratamento e análise de dados. 

Na realidade, várias soluções e plataformas de IA foram projetadas para serem intuitivas e acessíveis. Dessa forma, ela permite que profissionais financeiros sem um profundo conhecimento em ciência de dados aproveitem seus benefícios

Ao desmitificar esse conceito, as organizações podem capacitar suas equipes a incorporar a IA em processos de tomada de decisão.

Portanto, é crucial superar o mito de que a inteligência artificial é exclusiva para cientistas de dados. É ainda mais importante reconhecer seu potencial inclusivo no contexto financeiro.

 A mudança é constante, e a inteligência artificial pode ser uma aliada poderosa quando acompanhada por uma abordagem inclusiva e educativa.

Mito 2: Nosso ERP funciona muito bem. Por que mudar para uma IA?

Um mito frequente nas discussões sobre a IA é a crença de que os ERPs são capazes de atender a qualquer necessidade da empresa. Especialmente, quando se trata de processar pagamentos. Existe a ideia de que são suficientemente eficazes, portanto, não há necessidade de buscar alternativas inovadoras.

Contudo, é crucial compreender que a inteligência artificial não visa simplesmente substituir, mas aprimorar. Os sistemas em uso desempenham um papel vital em muitas operações financeiras. A inteligência artificial oferece vantagens adicionais, como análises preditivas, automação avançada e aprendizado contínuo.

Essas capacidades podem potencializar a eficiência, proporcionar insights mais profundos e antecipar padrões complexos. Inclusive, que vão além das funcionalidades tradicionais dos sistemas de ERP.

A crescente complexidade do cenário financeiro e a demanda por decisões mais rápidas e precisas tornam a inteligência artificial uma ferramenta valiosa. Ao abraçar essa tecnologia, as organizações podem estar melhor preparadas para enfrentar desafios emergentes e explorar oportunidades de forma mais ágil.

Mito 3: Inteligência artificial no mercado financeiro prejudica o relacionamento com clientes

Outro mito sobre adoção da IA no mercado financeiro é a preocupação de que sua implementação afete negativamente o relacionamento com clientes. Há o receio de que a introdução de algoritmos e automação possa parecer impessoal, substituindo a conexão humana e a compreensão individualizada.

No entanto, a realidade é que a inteligência artificial pode fortalecer, em vez de prejudicar, os laços com os clientes. Ao automatizar tarefas rotineiras e análises complexas, os profissionais financeiros podem direcionar mais tempo para interações significativas e consultoria personalizada.

A inteligência artificial pode, assim, complementar a abordagem humana. Desse modo, permitindo uma atenção mais focada em estratégias personalizadas de investimento e metas financeiras específicas.

Derrubar esse mito é essencial para perceber que a integração da inteligência artificial não é uma substituição dos relacionamentos. Ao implementar a IA em operações mais burocráticas, é possível se dedicar mais em áreas que realmente exigem o toque humano, solidificando ainda mais os laços de confiança com os clientes.

Mito 4: Já temos uma equipe sólida. Não devemos implementar tecnologias que causem impactos

A resistência à mudança muitas vezes se baseia no receio de perturbar a estabilidade. Assim, criar desconforto entre os colaboradores e, consequentemente, impactar negativamente o desempenho.

Entretanto, é crucial entender que a implementação de inteligência artificial não visa substituir as equipes, mas sim capacitá-las. Ou seja, transformar os colaboradores existentes em profissionais ainda mais ágeis e estratégicos.

A automatização de rotinas com IA permite que os profissionais se concentrem em atividades mais estratégicas e de alto valor agregado. Em vez de causar estresse, essa transição pode aliviar a carga de trabalho.

Mito 5: É muito difícil e custoso oferecer treinamentos para a equipe

A percepção de que a implementação da IA demanda uma capacitação financeiramente inviável é totalmente equivocada. Na realidade, muitas soluções de inteligência artificial são projetadas para serem integradas de maneira flexível aos sistemas existentes. Assim, minimizando interrupções e facilitando a transição.

Plataformas modernas são frequentemente construídas com interfaces amigáveis e processos de integração simplificados. Isso garante uma implementação suave. Assim, permitindo que as organizações aproveitem os benefícios da IA sem uma curva de aprendizado exorbitante.

Quanto ao treinamento, existem opções variadas, desde programas online autodidatas até treinamentos personalizados oferecidos pelos fornecedores. Com abordagens escaláveis, as organizações podem escolher o método de treinamento que melhor se adapte às suas necessidades e recursos. Desse modo, garantindo que a equipe esteja equipada para utilizar efetivamente as novas tecnologias.

É vital desmistificar a ideia de que a integração de inteligência artificial é inacessível ou onerosa demais. Com planejamento cuidadoso, as organizações podem derrubar esse mito, capitalizando as vantagens transformadoras que a inteligência artificial oferece no mercado financeiro.

Confira no vídeo a seguir um pouco mais sobre como a plataforma Dattos leva inteligência artificial de forma acessível aos profissionais de finanças.

A colaboração entre humanos e máquinas redefine processos, capacitando equipes para análises estratégicas. A IA não ameaça, mas complementa, liberando profissionais para interações valiosas. 

A resistência à mudança é contraposta pela acessibilidade de soluções escaláveis e treinamento adaptável. Estamos não apenas nos adaptando, mas liderando a evolução rumo a um cenário financeiro mais inteligente, inovador e colaborativo. O futuro financeiro é agora.

Para potencializar ainda mais o uso dessa tecnologia é fundamental ter uma ferramenta de gestão de dados eficiente. Principalmente, que esteja adaptada a integrar IA em seus processos diários. 

Bruno Costa é um profissional experiente em Finanças, com mais de uma década de atuação, graduado em Ciências Contábeis e pós-graduado em Normas Internacionais de Contabilidade. Destacou-se por liderar equipes de alto desempenho, focando na otimização de processos financeiros e alinhando objetivos organizacionais com metas individuais. Sua dedicação à educação financeira se estende à comunidade, tornando-o um líder admirado no setor.

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